sábado, 3 de março de 2012

INDIGNAÇÃO COM A DEMOCRACIA

Li na pagina 16 do jornal Zero Hora do dia 2 de Março de 2012, uma matéria, cujo titulo é “DISCURSO POLEMICO”, que trata da manifestação de um senador da república (IVO CASSOL do PP de RO) que estaria defendendo a adoção da prática da ditadura militar para garantir a eficiência no serviço público. Disse o referido senador que “tem ora que a democracia enche o saco e acaba atrapalhando” e que, por isso, “praticas como tiros e gritos” deve ser implantada no governo. Disse mais o Senador “de pessoas que só querem ganhar salário, não querem produzir, já estamos de saco cheio” e “Os caras de não derem para produzir, bota para correr, por que não temos como ficar aguardando a morosidade de tudo em nome da democracia”, completando, “respeito a democracia, mas tem hora que acaba atrapalhando, por que é muito direitos humanos, entendeu, para vagabundo, safado, sem vergonha“.


Na década dos anos 80, tive o privilégio de conviver com um delegado da Policia Federal, da primeira linha, homem reto, honesto, digno e que efetivamente estava investido, focado na sua real função e atividade que, de repente, pediu a sua aposentadoria aos 50 e poucos anos, deixou a policia e foi advogar. Indaguei-lhe, na época, sobre as razões que teriam lhes levado a pedir a aposentadoria aos 50 e poucos anos quando tinha muito a dar a Policia Federal. E não para a surpresa minha, ele me disse que estava saindo não pela falta de um estimulo qualquer para continuar na função e evitar a aposentadoria, mas, por que os tais “direitos humanos” vinha respaldando a pilantragem, a vagabundagem e que as coisas caminhavam para uma anarquia generalizada. Isto, foi na década de 80.


Depois, em função do processo de abertura que se instaurou no pais após o regime militar, não foram poucas as teses que vi defendidas, cantadas, com as quais ora concordava, ora discordava, que ora repensava e repenso sobre a implantação de um verdadeiro processo democrático no Brasil. No fundo, sempre vi dificuldade na consolidação de um verdadeiro regime democrático em nosso Brasil, imaginando que esta dita democracia poderia vir a desaguar num verdadeiro processo de anarquia, mais ou menos um sistema igual a este que esta ai aos nossos olhos e se agrava a todos os dias. Claro que tem coisa boa acontecendo, raras, mas tem.                       


Ontem, encontrei uma pessoa qualificada e quando o PT surgia como a novidade, se filiou ao referido partido e foi à militância de bandeira na mão, hoje filiado ao Psol, certamente buscando o que não achou no PT e, por certo, não encontrará no Psol, dizia, para todos ouvirem, que estava à repensar as suas ideias democráticas as quais sempre as defendeu, reportando-se, mais especificamente aos ditos “Direitos Humanos” e o assunto surgiu quando a questão em debate era a violência que esta ai a bater na nossa porta. Falávamos do assassinato do motorista no ônibus da empresa Santa Ignês que foi covarde e barbaramente assassinado, quando exercia a sua atividade licitamente, por dois, ou três vermes incorrigíveis e que só fazem mal a sociedade e que, segundo dizem, já estariam barbarizando no presídio e que, por certo, amanhã estarão entre nós novamente a nos expor ao risco.


Disse a ele, e digo a quem quiser ouvir, que sou defensor da pena de morte como forma de, se não coibir, pelo menos amenizar esta agressão a vida, esta violência desenfreada e cada vez mais banal em nosso meio, de modo à contribuir com a sociedade, ou com verdadeiro direito a segurança ao cidadão do bem. Que não me venham aqui invocar os “Direitos Humanos” que, hipócrita e demagogicamente só serve, ou só são defendidos, quando os eventos danosos envolvem terceiros e não a nós, ou a nossa família.


Hoje, temos um legislativo que, segundo alguns dos próprios parlamentares dizem e com razão ser o mais corrupto e desinteressado nas coisas que dizem respeito ao bem comum e já vivido “na história deste pais”. Temos um poder judiciário caótico, em colapso e impotente para resolver as questões que afligem a sociedade na aplicação do fazer justiça e tudo em função de tanta democracia, de tantos “Direitos Humanos”. Bom, o Poder executivo, nem se fala, não se viu tanta falcatrua e deboche a sociedade como tem se visto nos últimos 10 anos. É isso democracia ? Se é, não me serve.


Hoje, não temos partidos políticos fortes que, na pratica, defendam uma verdadeira ideologia política voltada ao bem comum, todos, com exceção do Psol e o PSDB, que as vezes escorregam, integram as chamadas bases aliadas que, ao meu ver, como diria o finado JUCÂO, só se servem para dar apoio a bandalheira, aos interesses próprios e que nunca visam o bem comum. Isso é democracia ? Se é, para mim não serve.


Portanto, se analisarmos, friamente, desprovidos de qualquer eventual impulso hipócrita e demagógico que possa nos acometer, diante de tudo que acontece aos nossos olhos e no dia a dia, do que estamos a vivenciar a todo o momento, não são plenamente compreensiveis as manifestações do senador Ivo Cassol ? Olha, não sei se o ideal seria “tiros e gritos”, mas, que teriamos que ter um sistem baseado do velho ditado,  “ou troteia ou sai da frente”, disso, eu não tenho dúvida alguma que estamos necessitando.  Se analisarmos, friamente, desprovidos de qualquer impulso hipócrita e demagógico que possa existir, diante de tudo que esta aos nossos olhos, do que estamos a vivenciar, não são compreensíveis as manifestações o senador IVO CASSOL ?Se analisarmos, friamente, desprovidos de qualquer impulso hipócrita e demagógico que possa existir, diante de tudo que esta aos nossos olhos, do que estamos a vivenciar, não são compreensíveis as manifestações o senador IVO CASSOL ?

Paulo Moreira – OAB/RS 18.085


sábado, 25 de fevereiro de 2012

ACABOU A DEMAGOGIA HIPÓCRITA
 

Empregadores podem consultar ficha de candidatos no SPC e na Justiça antes de contratar

                        O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu na quinta-feira (23/02), por unanimidade, que as empresas podem fazer consultas no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), na Centralização dos Serviços dos Bancos (Serasa) e em órgãos policiais e do Poder Judiciário antes de contratar empregados. A ação havia sido movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que entendeu que a pesquisa era discriminatória.

                        O caso começou a ser apurado em 2002, por meio de denúncia anônima, que informava que uma rede de lojas sergipana fazia a pesquisa durante o processo seletivo. A empresa se recusou a mudar a conduta e o MPT decidiu abrir uma ação civil pública. A primeira instância da Justiça condenou a empresa a abandonar a prática, sob pena de ser multada em R$ 10 mil a cada consulta. A rede lojista também foi condenada a pagar indenização de R$ 200 mil por dano moral coletivo.

                        A empresa recorreu à corte trabalhista local que reverteu a primeira decisão. Para o Tribunal Regional do Trabalho de Sergipe os concursos públicos também fazem exigências rigorosas na contratação de candidatos e que o caso só seria configurada discriminação se houvessem critérios em relação a sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar ou idade.

                        A Segunda Turma do TST concordou com o tribunal sergipano e ainda defendeu que os cadastros em questão são públicos e que não há violação da intimidade ao acessá-los. Para os ministros, o empregador tem o direito de consultar os antecedentes dos candidatos para garantir que estão fazendo uma boa escolha.

Fonte: TST

Já não era sem tempo.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

E O FAVORITO, COMO SEMPRE, NÃO GANHOU

Deve ser reconhecida a competência do Paulo Pelaype que soube fazer a transição do nada que o grêmio era para a vitória de ontem. Conseguiu fazer o grêmio jogar uma final de copa do mundo, cuja atuação acho que não repete mais.
Do outro lado, se viu uma equipe que quer ser vencedora, tem tudo para isso, é bem superior ao time do grêmio, mas que tem um técnico que não vê e não corrige os insistentes chutões do Muriel que cansa o ataque fazendo-o correr para o nada, que insiste na improvisação de um lado direito inconfiável, que não tem vocação para motivar a equipe á jogar, que não consegue despertar o sonolento Kleber, que não percebe que a lerdeza e indisciplina tática do Bolatti é incurável e que o Datalo não pode ser preterido por ele, que a equipe que arma, sem o Guinhazu, não ganha um rebote na frente da sua área, que não percebe o buraco que ele próprio forma na frente da sua zaga, que tira o Sandro Silva, que é bem melhor que o Bolatti que é preservado, que tira um Dagoberto, mal escalado sempre, para colocar um JO, que insiste com este rapaz que não é jogador para o INTER. Enfim, não vejo no Dorival o técnico que o INTER precisa para chegar onde, segundo dizem, quer. É uma pessoa pacata demais para o futebol gaúcho, conformado demais com os erros que comete, conformado demais com as derrotas, que pensa que o grenal e um jogo qualquer. Sinceramente, a direção tem que se inspirar no Paulo Pelaype enquanto há tempo. O interior tem técnico melhor do que o Dorival e este elenco do INTER não precisa de Muricy, muito menos de Luxemburgo ou Felipão para jogar, mas, alguém que não seja contaminado pelo desanimo do Kleber, pela lerdeza do Bolatti, que não se apaixone pelo JO e que tenha aptidão motivadora e sem o conformismo do Dorival. Caso contrário, de nada adiantou manter Damião, que passa o jogo todo correndo atrás dos chutões do Muriel, manter D’Alessandro que precisa de uma meia cancha mais consistente para jogar, e trazer o Dagoberto, Datolo. Dorival ao mesmo tempo que sustenta que não estava confiante na vitória, que só acreditava na vitória, se traiu ao dizer que agora precisa planejar tudo, uma vez que todos os passos a partir do grenal estavam traçados. Até nesta manifestação ele não foi o técnico que o INTER precisa.

Paulo Moreira