sábado, 30 de abril de 2011

HOSPITAL INFANTIL IVAN GOULART - ANTES TARDE DO QUE NUNCA

Dizem que deu um tsunami na estrutura administrativa do hospital infantil e que hoje se audita tudo lá dentro. O que não era sem tempo. Ao que dizem, apesar de não ter havido troca no time administrativo de sempre, mas, só em relação a posições no time e com algumas "cabeças coroadas" cortadas, finalmente teriam partido para o extermínio dos crônicos, nefastos e absurdos “equívocos” de ordem administrativa e que efetivamente implicavam em uma incontrolável sangria financeira nos cofres da instituição. Dizem que houve, ou que está havendo um enxugamento radical nesta sangria financeira que é antiga e decorrente de atos oriundos de uma má gestão que ia desde de erros administrativos primários, passava pela contratação de pessoal que ganhava muito pelo quase nada que fazia, pela contratação de serviços caríssimos de profissionais que não da área da saúde e sempre na contramão de uma nova e moderna realidade administrativa que ai está e que nos mostra que, por vezes, não há a necessidade de mobilização de altos recursos financeiros para se atingir um fim deveras singelo e que custaria bem menos.

Quando soube da noticia, me lembrei de um pedido de CPI na Câmara Municipal feito pela Ana Carmem que, na condição de vereadora e no exercício do mandato popular que lhe concederam, queria que, através da CPI, fosse a comunidade melhor esclarecida, melhor informada sobre todos os alegados problemas e dificuldades da instituição que, na época, como sempre e agora, eram propalados por todos os cantos da cidade. Lembro-me, pois, que na época, a proposta da CPI de pronto teve adesão de 17 dos 21 vereadores que emitiram a sua assinatura no requerimento concordando com a proposta. No entanto, houve uma mobilização das pessoas ligadas a administração do hospital e, no dia da votação da aprovação ou não da CPI, a Câmara transbordou de pessoas, sendo que, muitas delas jamais tinham ido a uma sessão lá realizada, figuras ilustres da cidade e que tinham um objetivo só, ou seja, pressionar os vereadores a não aprovarem a proposta da CPI e conseguiram, pois, dos 17 vereadores que assinaram anuindo a proposta da CPI esclarecedora, só 4 permaneceram firmes na idéia e a proposição da CPI foi derrotada, num evidente e inexplicável clima de alivio entre todos aqueles que de alguma forma estavam envolvidos no corpo diretivo da entidade, deixando claro, pelo menos ao meu sentir, que não queriam esclarecer a comunidade sobre os efetivos problemas que, afinal, envolviam a saúde não só do sistema hospitalar local, mas, e também, da saúde pública municipal.

Fico a me perguntar: Se a CPI tivesse sido realizada na época estaríamos, 10 anos passados, vivenciando esta mesma ladainha, ou esta surrada e interminável discussão sobre os problemas e mazelas do nosso único hospital ?

Sera que as pessoas envolvidas de alguma forma com a administração do hospital não sabiam que time que não ganha precisa ser mudado ? Ou será que a preocupação real não era um serviço de qualidade à comunidade ?

Enfim, antes tarde do que nunca a virada da mesa e, mesmo que não tenha sido trocado o time todo, mexeram no time e à nós consumidores, ou usuários do sistema, resta acreditar, torcer e colaborar para que tudo venha dar certo com esse corpo diretivo que assume em prol de toda a comunidade, uma vez que, a situação ia de mal a pior e não era de hoje, desejando a todos aqueles que estão diretamente envolvidos na direção atual da instituição que tenham luz, força e proteção em tudo que decidirem a bem dos serviços prestados pelo hospital e, por consequência, da comunidade.

Paulo Moreira